14 julho 2005

301 a 310 (fumo a malabarista)

301 - fumo
Quando era jovem queimava fumo escondido dos pais. Hoje fuma escondido dos filhos.

302 - zona
O matuto foi para a cidade grande. Logo procurou a zona. Quando o avisaram que ali era tudo travesti, foi aliviado, sem o receio de encontrar a mãe.

303 - editorial
Era ele quem escrevia todos os dias o editorial. Não acreditava em nada mas, redator competente, dizia o que queria o dono do jornal.

304 - barriguinha
Ela adorava andar com a barriguinha de fora, pois atingia dois objetivos de uma só vez: despertava a cobiça dos transeuntes e os ciúmes do namorado.

305 - pingüim
Lineu era um pingüim atípico, bem friorento. Por isso, trocou seu emprego numa fábrica de geladeiras por outro num sistema operacional.

306 - virgem
Há muito que Paulinha não era mais virgem. Seus pais achavam que sim, mas os que acompanhavam seu blog na internet sabiam até de todas as minúcias.

307 - freira
A freira fazia tricô no aeroporto. Depois que passou um belo comissário de bordo, observado pelo canto do olho, ela teve que refazer várias fileiras.

308 - swing
No clube de casais, o swing rolava solto. A troca nem sempre ocorria, mas a devolução era garantida.

309 - fantasmas
Na casa assombrada, os fantasmas escondiam-se apavorados toda a vez que os novos moradores ligavam a televisão.

310 - malabarista
Quando o malabarista chinês fazia acrobacias com seus bastões pegando fogo, desenhava misteriosos ideogramas no ar.
Microcontos de Carlos Seabra - http://seabra.com/microcontos

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