04 julho 2005

281 a 290 (moleques a inquisição)

281 - moleques
Os moleques jogavam bola no meio da rua. Num passe mais forte, um deles correu para evitar a saída da pelota. Mas não evitou o motorista desatento...

282 - pé-de-moleque
Ao comer um pé de moleque, quebrou um dente. Devia ter deixado cozinhar por mais tempo, observou seu colega canibal.

283 - humorista
Que saudades da ditadura! - lamentava-se o humorista, cada vez mais suplantado pela realidade dos fatos.

284 - arqueóloga
Olha só, um CD de antigamente! - exclamou a arqueóloga mirim ao achar um velho LP em vinil na casa do avô.

285 - pontual
Horácio era muito pontual. Qualquer atraso, de poucos minutos, para ele era uma ofensa moral.

286 - loucos
O número de loucos é infinito. A demência é universal. Eu mesmo não sou muito normal.

287 - velhinho
Sentados, na calçada em frente de casa, o casal de velhinhos cumprimenta todos na rua, como se passassem dentro de sua sala.

288 - fóssil
O velho dinossauro trabalhava como fóssil no museu. Achava muito enfadonho não poder se mexer, mas eram os ossos do ofício!

289 - ruínas
Nas ruínas da velha casa, muitos anos depois, ela ainda podia ver as manchas de sangue onde fora o quarto dos pais.

290 - inquisição
Frei Adroaldo trabalha na Santa Inquisição. Arranca unhas com toda a piedade e usa o ferro em brasa com muita devoção.
Microcontos de Carlos Seabra - http://seabra.com/microcontos

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