23 junho 2005

251 a 260 (barba a capataz)

251
Colocou a barba na cara e deixou um cachimbo lhe crescer na boca. Agora, com certeza, suas opiniões seriam respeitadas!

252
Seu Malaquias é um pacato e respeitável aposentado. Mas, quando entra no mundo virtual, torna-se um fauno eletrônico, usando o nick Peba na Pimenta.

253
Nêgo tava numa nice quando pintou um brother com o berro na mão. Apresentou um fininho e, na moral, queimou o chão.

254
O pedante erudito, ante os prenúncios da precipitação pluvial, titubeou em prosseguir seu périplo, pois pedia um guarda-chuva e ninguém entendia nada.

255
A aluna ninfomaníaca escrevia toda a cola da prova nas coxas e deixava os colegas olharem tudo.

256
Era apenas uma fotografia, mas espetar-lhe os alfinetes dava-lhe quase tanto prazer como se os enterrasse na carne dele.

257
Ele sonhava ser astronauta, nem carta de motorista tirou. Ela queria ser princesa, da favela nunca passou. Quando se conheceram, nada disso importou.

258
Ajuda ele emprestava a juros. Amor só dava a prazo. Rancor era à vista. A gratidão só recebeu fiado.

259
Apaixonou-se pela vizinha vendo-a à janela. O dia que tocaram à campainha e a viu pelo olho mágico, não teve coragem de abrir a porta.

260
Aquele capataz era pau para toda a obra. Mas os operários viviam reclamando de serem enrabados a toda hora.
Microcontos de Carlos Seabra - http://seabra.com/microcontos

Postar um comentário

<< Voltar para a página inicial