28 maio 2005

161 a 170 (xerox a homem-bomba)

161
Quando a impediram de xerocar o capítulo de um livro, escaneou a própria bunda e imprimiu-a para toda a faculdade.

162
Grana, l'argent, bufunfa, money, dinheiro... Na hora de discutir seu quinhão, todos se entendiam em Babel.

163
Na ditadura Solange trabalhava na censura. Até hoje ela fica molhadinha quando vê uma tarja preta.

164
Tudo acabou entre eles no dia em que disputaram, pela primeira vez, o controle do controle remoto.

165
Como o tempo passa depressa! Já se foi mais um século? Perguntou-se Matusalém...

166
No dia seguinte à noite de núpcias, ela jurou dedicar o resto de sua vida para destruí-lo aos poucos.

167
Era uma senhora tão chata que seu maior interlocutor era o espelho e receber spam no e-mail sua maior alegria.

168
Naquela rua, um novo templo da Igreja Universal. Que pena, era um cinema tão legal...

169
Ela tinha três pares de óculos, para ver de perto, ao longe e os de sol. Mas sempre que precisava usar algum era o que havia deixado em casa.

170
No caixa do supermercado, escolheu a maior fila de todas. E o homem-bomba ficou à espera da sua vez...
Microcontos de Carlos Seabra - http://seabra.com/microcontos

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